As autoridades da Tailândia encontraram 2.000 fetos humanos, provavelmente provenientes de abortos ilegais, em um templo budista do país. A prática é proibida pela legislação local, a menos que a mãe tenha sido estuprada ou corra risco de morrer. A informação foi confirmada pela polícia nesta sexta-feira (19).
Na última terça-feira (16), a polícia já havia anunciado a descoberta de 348 fetos, envoltos em sacolas plásticas e jornais velhos, no necrotério do templo, onde são mantidos os cadáveres antes da cremação. Depois, mais 1.654 foram encontrados em condições semelhantes em outras salas do necrotério.
O coronel da polícia Metee Rakphan disse que a suspeita é que os fetos venham de clínicas que fazem abortos ilegais. Segundo Sombat Milintajinda, porta-voz policial, alguns estavam armazenados no local há mais de um ano.
Dados do Ministério da Saúde tailandês dão conta de que 80 mil abortos ilegais ocorram por ano no país.
O primeiro-ministro da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, estimou que o episódio "mostra quão grave é o problema", mas descartou modificar a lei que proíbe o aborto, afirmando que esta é "suficientemente flexível".
Nenhum comentário:
Postar um comentário