No último domingo (20) as ruas de Jerusalém foram tomadas por milhares de pessoas que comemoram os 45 anos da conquista da parte oriental da cidade. Chamado de o “Dia de Jerusalém” foi marcado pela “marcha das bandeiras” que percorreu várias ruas de Jerusalém Oriental em um ato que exalta o sionismo.
O início da manifestação aconteceu na zona de residência do primeiro-ministro, Benjamim Netanyahu, e cerca de 30 mil pessoas foram se juntado ao longo do percurso que acabou no Muro das Lamentações.
Em 1967 chegava ao fim a “Guerra dos Seis Dias” que fez com que a parte oriental da Terra Santa fosse anexada à parte ocidental depois de seis dias de guerra com países árabes, entre eles, Egito, Síria, Jordânia e os aliados Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e outros países que nunca aceitaram o fato de Israel passar a ter controle sobre a Cisjordânia e o lado leste da cidade.
Sobre essa unificação, o Netanyahu discursou falando que seu país nunca vai aceitar dividir a cidade outra vez. “Aqui, há 45 anos, o coração unificado do nosso povo se pôs a pulsar com toda a sua força. E nosso coração nunca mais estará dividido”.
Em memória das vítimas que morreram no combate que aconteceu no Monte Herzl uma cerimônia foi realizada, mas um dos principais negociadores palestino, Saeb Erakt, chegou a se colocar contra a passeata denunciado que o evento colocava nas ruas extremistas israelenses.
“O governo israelense permite a milhares de extremistas marchar pela Cidade Ocupada e ameaçar civis palestinos, proibindo que palestinos tenham acesso a hospitais, escolas, comércio, igrejas e mesquitas de Jerusalém”, criticou.
Ao longo do percurso a polícia, que estava preparada para evitar qualquer tumulto, precisou prender 15 pessoas, entre elas dez palestinos que tentaram atacar os manifestantes e cinco israelenses que gritaram frases racistas.
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