domingo, 24 de julho de 2011

Não exagere na sua identificação com sua carreira profissional

Não exagere na sua identificação com sua carreira profissional
É importante a reflexão de que a vida é muito maior que sua carreira.
Sua vida não é sua carreira profissional. Ainda me recordo do ano de 2001 quando conheci um gerente de sistemas que, ao receber a notícia de que seria demitido, teve um enfarte. Não conseguia se imaginar em outra  ou função após duas décadas de serviços na mesma companhia. Identificava-se fortemente com sua rotina e, na , pensava na empresa 24h por dia. Felizmente recuperou-se, do enfarte e da mudança em sua carreira.
Apesar de ser frequente encontrarmos profissionais com esse , é importante que reflitam que  é muito maior que sua carreira profissional.
É evidente que a pessoa adulta deve viabilizar-se financeiramente para que se sustente e adquira o patrimônio que deseja. Também é importante que desenvolva um propósito para si e o alinhe com o da em que trabalha. Na verdade, quanto maior a capacidade do indivíduo de ver sua trajetória profissional em ciclos, maior sua consciência para fazê-la produzir a vida que deseja. E não o contrário, ou seja, deixar de ter uma vida que considera relevante para adaptar-se à sua carreira. Quando mental do indivíduo se torna 100% dedicado à sua profissão, isso começa a causar as condições para o esgotamento, que pode ser de caráter físico, mental ou psicológico. Importante ressaltar que a pessoa não tem controle sobre todos os fatores que afetam sua carreira: uma crise internacional, um declínio de mercado, uma questão política dentro da empresa, enfim, há muitos elementos que podem fazer sua trajetória sucumbir e que não estão sob seu domínio. Quando uma grande mudança ocorre na carreira é que o indivíduo precisa de outras esferas de sua vida que lhe dêem apoio e serenidade para enfrentá-la.
Pela  de meu , observo o desenvolvimento de executivos nos diversos ciclos de sua vida profissional. Os momentos mais terríveis não são as mudanças bruscas ou os desafios que os fazem sucumbir momentaneamente. Mas, a colheita final. Isto é, gestores que ao passar dos 60 anos percebem que tudo que conquistaram está exclusivamente na esfera material: não possuem amigos, estão separados e, em alguns casos, nem mesmo os filhos os desejam por perto.
No decorrer de sua trajetória uma pessoa não deve confundir sua vida com sua carreira. Se por um lado ela é responsável por proporcionar os recursos financeiros e a realização, por outro ela não substitui as esferas familiares, espirituais e de maturidade emocional, entre outras.
É complexo e desafiador planejar e realizar uma carreira profissional. O caminho para o topo é difícil e muitos ficarão no meio do caminho. Entretanto, ao entendermos que ela é apenas uma de nossas dimensões, então dedicaremos tempo ao desenvolvimento de outras áreas de nossa vida que são fundamentais, inclusive, para nos apoiar no decorrer de nosso trabalho. E, para ser franco, muitos não chegam lá – não por falta de competência ou conhecimento em sua área de atuação, mas pelo peso que carregam ao tentar compensar na esfera profissional os fracassos em outras esferas de sua vida. Vamos em frente!
Autor: Sílvio Celestino (Consultor Organizacional e Senior Partner da Alliance Coaching)
Fonte: Olhar 

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