quarta-feira, 7 de março de 2012

OS 300 DE GIDEÃO




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Mas vamos lá.
O filme “300” mostra a epopéia de um grupo de soldados de Esparta contra a invasão persa, ocorrida em 481 a.C. Trata-se de uma história que marcou o momento em que os gregos deixaram de ser uma confederação de cidades inimigas e formaram um grande império, como profetizado por Daniel um século antes (leia Daniel, caps. 7 e 8).

Mas a Bíblia fala de outros 300 homens, igualmente decisivos, que viveram 700 anos antes dos heróis espartanos, quando Israel era governado pelos Juízes: época de adaptação à terra de Canaã, um período em que as pessoas resolveram que era melhor fazer o que lhes dava na cabeça: “Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos.”(Juízes 21:25).  O resultado dessa rebeldia foi que Deus deixou que os israelitas sofressem nas mãos de diversos opressores. Houve então um homem chamado Gideão, que Deus usou para libertar Israel dos vilões do momento, os midianitas (da terra de Midiã).
A história é contada nos capítulos 6 a 8 do livro de Juízes. Depois que Deus chamou Gideão, este juntou um grande exército para combater os midianitas. Mas Deus lhe disse que era muita gente, e que se a guerra fosse travada dessa forma, os soldados iriam dizer que foram eles que tinham vencido. Por isso Deus disse que queria um exército bem menor. E veja como Ele determinou quem deveria ficar para a batalha e quem deveria retornar para casa...
Juízes 7.5-6: “Fez Gideão descer os homens às águas. Então o Senhor lhe disse: Todo que lamber as águas com a língua, como faz o cão, esse porás à parte; como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber. Foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens; e todo o restante do povo se abaixou de joelhos a beber as águas”.
300 homens estavam determinados a alcançar o objetivo e não perderam tempo se abaixando para beber, mas pegaram água com a mão levando-a à boca. Aí imaginamos o que Pedro quis dizer ao falar sobre o dia da volta de Jesus, advertindo a Igreja:“...esperando e apressando a vinda do dia de Deus” (II Pedro 3:12). Temos essa mesma atitude diante da volta de Jesus? É Sua vontade que estejamos alertas, como Ele diz em Lucas 12:35-36: “Cingidos estejam os vossos corpos e acesas as vossas candeias. Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram”.
Mas facilmente ficamos ocupados com besteiras! Alvos pessoais, conta bancária, indiferença, pecados de estimação... coisas que nos fazem perder o alvo. Nos dias de Gideão também havia muitos com os olhos voltados para as coisas do seu tempo, ao invés de olharem para o Senhor e Sua tarefa. “Cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos”.
Muitos se ajoelharam prazerosamente junto à água para descansar. 10.000 pretendiam ir à guerra, mas no final não puderam porque tinham dobrado seus joelhos diante das coisas do presente. Esse foi o sinal exterior de que não estavam preparados interiormente. O Senhor conhece nossa estrutura, e nos exorta:“Portanto não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou: Com que nos vestiremos? porque os gentios é que procuram todas estas cousas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:31-33).
Se, ao final, observarmos o comportamento daqueles 300 que beberam rapidamente, para não perderem tempo na realização da tarefa, percebemos que eles não eram mais inteligentes nem melhores, nem mais fortes ou corajosos do que os outros – mas estavam livres e dispostos a servir. Com ardente zelo, eles tinham em mente exclusivamente o objetivo de Deus. Não tinham mais outros alvos, mas seu coração era voltado inteiramente para a causa de Deus.
Você está disposto a lançar fora e deixar de lado tudo aquilo que o atrapalha? Se o Senhor perguntasse a você neste momento: “Você quer fazer parte dos covardes e medrosos?”, você certamente responderia com um definitivo “Não!” Então, aja de acordo e lance fora o medo em nome de Jesus! E, se Ele continuasse perguntando a você: “Olhe, sobraram 10.000: você quer pertencer àqueles que se ocupam em primeiro lugar com as coisas terrenas, ou prefere estar entre os 300 que levaram consigo somente as ‘provisões’ necessárias e a ‘trombeta’?”, qual seria a sua resposta? ... que você responda agora com coração sincero:“Senhor, também quero fazer parte desses 300. Quero estar preparado para quando vieres”!
Juízes 7:16,19-20 diz: “Então repartiu os trezentos homens em três companhias, e deu-lhes a cada um nas suas mãos trombetas, e cântaros vazios, com tochas neles... Chegou, pois, Gideão, com seus cem homens, às imediações do arraial, ao princípio da vigília média, quando os midianitas acabaram de trocar as guardas; e tocaram as trombetas, e quebraram os cântaros, que traziam nas mãos. Assim tocaram as três companhias as trombetas e despedaçaram os cântaros; e seguravam nas mãos esquerdas as tochas e nas mãos direitas as trombetas que tocavam; e exclamaram: Espada pelo Senhor e por Gideão!”
O que aconteceu? Os homens tinham tochas escondidas nos cântaros. Mas, exatamente no momento em que tocaram as trombetas, os cântaros foram quebrados e a luz das tochas iluminou tudo: uma alegoria da transformação do arrebatamento. A luz de Cristo está em nós; somos como cântaros (vasos) que carregam a luz do Evangelho. Jesus é a luz do mundo, e disse àqueles que O aceitaram: “Vós sois a luz do mundo”(Mateus 5:14). Por enquanto essa luz ainda está escondida, em maior ou menor grau, pelo vaso da nossa carne. Mas, no momento em que a trombeta de Deus for tocada para o arrebatamento, nosso corpo será transformado (como os cântaros que foram quebrados naquele tempo), e seremos arrebatados ao encontro de Jesus, para estarmos com Ele para sempre (I Tessalonicenses 4:17). Então, tudo será somente luz. Tudo resplandecerá em Sua glória. Não haverá mais pecado, porque o vaso da nossa carne não estará mais presente. Em I Coríntios 15:50 está escrito que “carne e sangue não podem herdar o reino de Deus”. Por isso, seremos transformados, pois o cântaro do nosso corpo tem que ser quebrado. Somente por ocasião da transformação e do arrebatamento se tornará visível o que a Bíblia diz em Mateus 13:43: “Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai”.
Somente depois de tocada a trombeta e quebrados os cântaros (arrebatamento) entrou em ação a espada do Senhor (Juízes 7:20): quando a luz das tochas iluminou o acampamento inimigo, os israelitas gritaram: "Espada pelo Senhor e por Gideão!" A “espada pelo Senhor”, porém, aponta profeticamente para o “dia do Senhor”, ou seja, para o tempo da Tribulação, na qual o Senhor vai julgar o mundo, porque as nações se ajuntarão contra Israel. Lemos em Jeremias 25:29: “...porque eu chamo a espada sobre todos os moradores da terra, diz o Senhor dos Exércitos”. E, como os midianitas fugiram apavorados e começaram a se matar (cf. Juízes 7:21-22), também durante a Tribulação as pessoas tentarão escapar do juízo da ira de Deus (Apocalipse 6:15-17). Antes, porém, a Igreja de Jesus será arrebatada e transformada. Leia mais sobre isto aqui
Diante da iminente retirada da Igreja de Jesus, você está disposto a tomar essa decisão, como Gideão e seus 300? Lemos em Juízes 7:8a: “Tomou o povo provisões nas mãos, e as trombetas. Gideão enviou todos os homens de Israel cada um à sua tenda, porém os trezentos homens reteve consigo”. A caminho do arrebatamento, leve somente as “provisões” - a Palavra de Deus, e prontidão para o arrebatamento; leve em conta que a trombeta será tocada em breve.
Você quer ser um desses “300”?

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