Quase 1500 anos depois, Cristo referiu-se ao episódio relatado em Números 21 ao falar com Nicodemos. Jesus disse:
“E do modo porque Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3.14,15)
Há algumas analogias entre a serpente de bronze e a cruz. Elas estabelecem a verdadeira significância simbólica da serpente.
Ambas simbolizam a maldição e sua cura. A cruz, nos tempos romanos, era reservada para castigar o mais horrendo dos pecados. Servia como símbolo de pecado mortal e castigo. A serpente abrasadora também estava ligada ao pecado e seu castigo. Foi por meio da morte de Jesus na cruz que a vida eterna foi dada à humanidade, e foi por meio da imagem de uma serpente letal que as pessoas picadas foram curadas.
Ambas ressaltavam a fraqueza do homem. Os israelitas picados pelas serpentes estavam condenados. A condição espiritual de cada ser humano é igualmente irrecuperável. Os pecadores não têm esperança de evitar o que as Escrituras chamam de a “segunda morte”, ou o inferno (Ap 20.14; 21,8).
Ambas prometiam vida. Os israelitas que olharam para a serpente de bronze receberam a promessa de vida, e não de morte. Cada ser humano que olha para a cruz recebe a promessa de vida eterna.
Ambas ofereciam libertação apenas para os que cressem.Os israelitas que acreditaram na promessa de cura apressaram-se a olhar para a serpente de bronze ao serem picados. Os que não acreditaram, não fizeram isso e morreram. Da mesma forma, somente a pessoa que acredita na promessa de perdão de pecados forjada na cruz do Calvário confiará em Cristo e receberá vida eterna.
A serpente de bronze era uma questão de vida ou morte para aqueles que foram picados. Durante as gerações seguintes, a serpente de bronze serviu como recordação de que apenas Deus pode salvar. Depositar a fé em Deus é a chave para a salvação.
Nele, que triunfou na cruz
Pr Marcelo de Oliveira
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